terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Programete 13 - Imprensa e censura no período colonial


A censura inibiu o surgimento e o desenvolvimento da imprensa no período colonial no Brasil. Na metrópole portuguesa a imprensa também passou por forte repressão, foi controlada pela Coroa e não tinha muita liberdade.

Segundo o professor Marques de Melo, a imprensa européia sofreu forte censura a partir do século DEZESSEIS, principalmente nos países católicos. E em Portugal não foi diferente. O controle no país foi mais forte por causa da proximidade entre a Igreja e o Estado. Nada podia ser impresso sem a autorização dos órgãos de censura, contribuindo para inibir as publicações lusitanas e também brasileiras.

A proibição foi a forma encontrada para manter a dominação sobre o território brasileiro e evitar a divulgação de ideias contrárias aos interesses da Coroa portuguesa. Era uma maneira de impedir o acesso das pessoas à informação. As poucas publicações em circulação estavam sujeitas também ao controle da Igreja.

No período colonial, no Brasil não existiam jornais regulares, somente alguns clandestinos e de vida curta. Todo material impresso era controlado. Até livros clássicos como “OS LUSÍADAS” de Camões e “DOM QUIXOTE” de Servantes, tiveram a sua entrada barrada no país. Apesar das restrições, censurados, alguns livros tinham circulação dentro da colônia. A proibição despertava interesse dos leitores.

Somente depois de 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, e a transferência do governo para cá, a imprensa foi liberada. Livros, jornais e revistas lentamente começariam a ser produzidos e a circular. Mas a liberdade dos jornais surgiria apenas com a independência do Brasil.

Texto: Giovanni Vieira Miranda
Locução: Giovani Vieira e Jaqueline Casanova

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