terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Programete 19 - Visões da Imprensa em seus primórdios


A imprensa faz parte do nosso cotidiano. A maioria das pessoas compra e lê livros, revista, jornais e uma infinidade de publicações. A sociedade contemporânea incorporou esse costume sem questionamento. Mas nem sempre foi assim. Depois da propagação do processo de impressão criado por Gutemberg, a imprensa se tornou um problema para alguns. 

Religiosos da Igreja Católica diziam que a produção e a circulação de livros e textos sagrados eram perigosas porque permitiam às pessoas comuns lerem. Qualquer pessoa letrada poderia ler sozinha e elaborar as suas próprias interpretações sem o controle dos religiosos. O temor era que a Igreja perdesse autoridade e poder. 

Governos despóticos também foram contra a imprensa. Estados monárquicos, centralizadores e de dominação religiosa censuraram a produção de livros e jornais. A intenção era impedir a circulação de informações como aconteceu na Rússia, nos impérios mulçumanos e no Brasil quando o país era colônia de Portugal. 

A partir do século XVI, alguns intelectuais começaram a se preocupar com a sensação da “explosão de informação”. Eles achavam que a quantidade de livros publicados era muito grande, muito maior do que a capacidade de alguém absorver todas as informações contidas neles durante a vida. Ficariam perdidos diante de tantas publicações. Então, passaram a criar métodos para administrar a informação, selecionar a leitura, orientar o leitor a respeito das melhores obras e organizá-las conforme o assunto de interesse. 

Para os intelectuais, a imprensa era uma forma importante de ampliar a consciência humana, de libertar o homem de tradições arcaicas e opressoras. Os iluministas do século XVIII foram defensores dessa idéia. Eles acreditavam que os livros e jornais poderiam levar o conhecimento dos direitos e liberdades dos homens para as pessoas comuns. Felizmente essa opinião permanece até hoje.

Texto: Célio Losnak
Locução: Giovani Vieira e Eleide Bérgamo

Nenhum comentário:

Postar um comentário