Toda regra tem sua exceção e na história da imprensa não é diferente. Grande parte dos literatos do século 19 publicava seus textos nos jornais como forma de ganhar dinheiro e reconhecimento como escritor. Mas dentre os escritores- jornalistas, Jorge Amado foi um dos poucos que conseguiu viver exclusivamente de seus livros.
O baiano de Itabuna começou a trabalhar como repórter policial, em 1927, no Diário da Bahia com apenas 15 anos. Atuou em vários jornais, escreveu poemas, crônicas e uma novela. Em 1931, aos 18 anos, conseguiu publicar o primeiro livro intitulado O País do Carnaval. Viajou pelo país, formou-se em Direito e em 1937 lançou Capitães de Areia. A obra trouxe elementos jornalísticos misturados com a ficção. Uniu duas linguagens, fazendo uma crítica à desigualdade social do país e enaltecendo a luta política como forma de resolver o problema.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Jorge Amado colaborou com o jornal baiano O Imparcial, na coluna Hora da Guerra e também virou chefe de redação da revista Dom Casmurro. Mas, apesar da vasta participação na imprensa brasileira, Jorge Amado se dedicou à escrever romances e atingiu a fama com os livros. O jornalismo foi o início da sua carreira profissional. O trabalho nas redações deu base a sua criação literária.
Texto: Beatriz Haga
Locução: Giovani Vieira e Eleide Bérgamo
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