João do Rio iniciou a carreira de jornalista no final do século XIX. Durante toda sua trajetória profissional escreveu para jornais cariocas como, a CIDADE DO RIO, O DIA e O PAÍZ. Seus textos também podiam ser encontrados nas revistas KOSMOS e A ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA.
O trabalho de João do Rio começou a despertar a atenção do público na Gazeta de Notícias, em 1904. Na série de reportagens chamada “AS RELIGIÕES DO RIO”, o jornalista mostra ao leitor o universo religioso existente na cidade do Rio de Janeiro, mas que era ignorado e desconhecido por muitas pessoas.
João do Rio passou a explorar um novo diálogo entre jornalismo e literatura ao misturar os gêneros da reportagem e da crônica. Naquela época, os contos, versos e crônicas eram textos apreciados nos jornais. Mas as notícias e reportagens começaram a ganhar espaço. Com isso, a colaboração de intelectuais e escritores recebia novos contornos.
O estilo de João do Rio com frases curtas e suas histórias narradas em detalhes faziam sucesso nas colunas cotidianas e, posteriormente, também eram impressas em livros. E vendiam bem.
A História do jornalista João do Rio é um bom exemplo de cruzamento entre jornal e livro. As reportagens publicadas na revista KOSMOS e no jornal Gazeta de Notícias foram reunidas e transformadas em livros. A obra AS RELIGIÕES DO RIO saiu em 1905, e A ALMA ENCANTADORA DAS RUAS em 1908. As duas editadas pela famosa EDITORA GARNIER. Outras publicações em jornais e depois feitas em livro foram CINEMATÓGRAFO, em 1909, VIDA VERTIGINOSA, em 1911 e OS DIAS PASSAM, de 1912.
João do Rio se tornou popular. Seus textos eram acessíveis e interessantes para os leitores. Os literatos também reconheceram o seu trabalho e ele entrou para a Academia Brasileira de Letras. Quando morreu, em 1921, o corpo foi acompanhado por uma multidão pelas ruas do Rio de Janeiro. JOÃO DO RIO foi um escritor que soube levar ao grande público o cotidiano do seu tempo.
Texto: Ana Carolina Costa
Locução: Giovani Vieira e Jaqueline Casanova
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